10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®.
Apesar desse importante tema ser tratado mais enfaticamente neste mês, a campanha acontece durante o ano todo com o objetivo de prevenir e reduzir o número de suicídios.
Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam tirar a própria vida a cada ano. A tentativa prévia é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral.
O suicídio foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 14 a 24 anos em todo o mundo no ano de 2019, mas pode ocorrer durante todo o curso de vida. No Brasil 32 pessoas cometem suicídio por dia.
Esse número pode ser ainda maior pois muitas declarações de óbito omitem a informação sobre suicídio devido ao estigma que acompanha essa situação.
As causas são multifatoriais mas cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Principais sinais de alerta do suicídio
– Desesperança;
– Raiva, descontrole, desejo de vingança;
– Agir de forma imprudente ou se envolver em atividades de risco, aparentemente sem pensar;
– Sentir-se preso, como se não houvesse saída;
– Aumento do uso de álcool ou drogas;
– Afastar-se de amigos, família e sociedade;
– Ansiedade, agitação, incapacidade de dormir ou dormir o tempo todo;
– Mudanças drásticas de humor;
– Alguém ameaçando se machucar ou se matar ou falando em querer morrer;
– Alguém procurando maneiras de se matar, em busca de armas ou outros itens letais;
– Alguém falando ou escrevendo sobre morte ou suicídio.
Trata-se de um grave problema de saúde pública eivada de tabus, sentimentos de medo de exclusão, discriminação e vergonha, e cujos números ficavam a sombra das estatísticas de homicídios, acidentes de transito etc.
A boa notícia é que é possível prevenir com o envolvimento de família, amigos, colegas de trabalho, membros da comunidade, educadores, líderes religiosos, profissionais de saúde, funcionários políticos, e com a adoção de estratégias integrativas que englobem o trabalho no nível individual, de sistemas e da comunidade.
É possível aumentar a conscientização sobre o problema do suicídio com ferramentas fáceis para ajudar a si mesmo e aos outros.
Conheça as cinco etapas que podem salvar vidas:
– Saiba reconhecer os sinais;
– Saiba como ajudar;
PERGUNTE se a pessoa está pensando em suicídio.
OUÇA sem julgar. Deixe a pessoa falar sem interrupção e faça com que ela se sinta ouvida.
RESPONDA com gentileza e cuidado. Leve a pessoa a sério.
ACOMPANHE a pessoa e ofereça apoio na transição da crise para a recuperação (Tente acompanhá-la nas primeiras 24-48 horas após uma crise).
– Faça do bem-estar mental uma prioridade em sua vida;
– Saiba que existe ajuda e que a recuperação é possível;
– Dissemine esses cinco passos para outras cinco pessoas!
ONDE BUSCAR AJUDA
Centro de Valorização da Vida – CVV – 188
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
Emergências: SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.
Fontes
-Cartilha – Suicídio- Informando para prevenir
- Conselho Federal de Psiquiatria
- Associação Brasileira de Psiquiatria
- Ministério da saúde Ministério da Saúde.
-Suicídio: saber, agir e prevenir: cartilha com dicas para profissionais de saúde e população
- https://www.take5tosavelives.org/