Março – Mês de Combate a Obesidade

ANS lança Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da Obesidade

A obesidade é uma doença crônica cujo avanço tem se dado de forma acelerada em todo o mundo nos últimos anos. No Brasil, a situação não é diferente. De acordo com dados da pesquisa Vigitel Brasil 2016 da Saúde Suplementar, mais de 50% da população adulta está acima do peso, na faixa de excesso de peso e obesidade. Com o intuito de analisar a questão sob o ponto de vista das possibilidades de ação no setor da saúde privada, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) elaborou o “Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da Obesidade na Saúde Suplementar Brasileira”.

O estudo foi lançado no dia 14/12 durante o “Seminário de Enfrentamento da Obesidade e Excesso de Peso na Saúde Suplementar”, no Rio de Janeiro, para 100 representantes de entidades de saúde, operadoras e prestadores de serviços. É fruto do trabalho do Grupo Multidisciplinar para Enfrentamento da Obesidade, criado pela ANS com o objetivo de promover melhorias e incentivos na atenção à saúde relacionada à prevenção e ao combate da obesidade entre beneficiários de planos de saúde.

“A ANS entende a discussão do tema como urgente e necessária à sustentabilidade da saúde suplementar, uma vez que o excesso de peso e a obesidade constituem o segundo fator de risco mais importante para a carga global de doenças, e estão associados a várias doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, diabetes, cirrose, câncer de cólon, de reto e de mama, entre outras. O objetivo do Manual é compor uma orientação criteriosa, na qual as operadoras de planos de saúde possam se basear para a melhoria da qualidade de vida de seus beneficiários. Daqui em diante nós teremos uma série de encontros com as operadoras para que se possa definir em conjunto como será feita a adesão à proposta junto à rede de prestadores”, explica Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS.

No âmbito de suas competências, a ANS tem buscado, ao longo dos anos, estimular as operadoras a repensarem a organização das suas redes de atenção, no intuito de rediscutir as formas usuais de organização dos serviços de saúde, tendo por objetivo: o monitoramento dos fatores de risco, o gerenciamento de doenças crônicas, a compressão da morbidade e diminuição dos anos de vida perdidos por incapacidades. O enfrentamento da obesidade, enquanto resultado de uma complexa combinação de fatores biológicos, comportamentais, socioculturais, ambientais e econômicos, representa um grande desafio para o setor.

“Sabe-se que a obesidade é uma doença multifatorial, recidivante e muitas vezes silenciosa, e se não prevenida e cuidada corretamente, tem um impacto devastador na vida do indivíduo, bem como na economia do país. Sua prevenção e tratamento requer uma abordagem multiprofissional e transdisciplinar, envolvendo diversos setores da sociedade”, afirma a gerente de Monitoramento Assistencial da ANS, Katia Audi.

Segundo dados da pesquisa Vigitel Brasil 2016 da Saúde Suplementar, a proporção de beneficiários adultos de planos de saúde com excesso de peso vem aumentando desde 2008, quando foi realizado o primeiro levantamento, passando de 46,5% para 53,7%. O mesmo ocorre com a proporção de obesos, que aumentou de 12,5% para 17,7%. É importante ressaltar que, no Brasil, apenas 10% dos pacientes com obesidade são diagnosticados, e porcentagem inferior a 2% dos mesmos recebem tratamento para obesidade.

Confira aqui a íntegra do Manual.

Abordagem na infância e adolescência

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), quatro em cada cinco crianças obesas permanecerão obesas quando adultas. Os períodos mais críticos para o desenvolvimento da obesidade são: fase intrauterina, os primeiros dois anos de vida e a adolescência.

Os fatores de risco para desenvolvimento de obesidade na infância são: prematuridade, bebês pequenos para idade gestacional (PIG), bebês grandes para idade gestacional (GIG), filhos de mães diabéticas, pais obesos, interrupção precoce do aleitamento materno e introdução inadequada da alimentação complementar, com oferta de alimentos ricos em gorduras e açúcares e o uso de leite de vaca antes de um ano de idade.

Além dos determinantes biológicos, o Manual reforça que a forte influência do ambiente no desenvolvimento da obesidade infantil também deve ser considerada, e medidas que incidam no ambiente alimentar devem ser desenvolvidas e apoiadas. O estudo também destaca que os profissionais de saúde, em especial o pediatra, devem estar atentos aos fatores de risco e monitorar o crescimento e desenvolvimento destas crianças, orientando os pais quanto a alimentação saudável, controle do tempo de tela a que crianças e adolescentes estão submetidos e prática de atividade física.

“A obesidade é atualmente a doença pediátrica mais comum. A prevenção é a única maneira de deter o avanço desta epidemia e todos os setores da sociedade – escolas, governo, sociedades científicas, indústrias alimentícias e mídia – devem se envolver com este propósito”, lembra a diretora Karla Coelho.

Estratégias para a prevenção da obesidade infanto-juvenil:

  • Desenvolvimento de ações educativas de promoção da alimentação saudável desde o pré-natal;
  • Promoção do aleitamento materno;
  • Introdução adequada de alimentação complementar, de acordo com as recomendações técnicas;
  • Estímulo ao conhecimento sobre a importância da atividade física e práticas corporais no desenvolvimento da criança e do adolescente;
  • Promoção de atividades físicas lúdicas e recreativas;
  • Observação do comportamento sedentário;
  • Promoção adequada de horas de sono;
  • Controle do tempo de tela a que crianças e adolescentes estão submetidos (TV, tablet, celular e jogos eletrônicos);
  • Identificação dos pacientes de risco.

Abordagem em adultos

O Manual recomenda que o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) seja realizado para todos os pacientes com menos de 60 anos que procuram a rede prestadora de serviços ambulatorial e hospitalar. A captação deste dado de saúde irá permitir o direcionamento para estratégias de prevenção e tratamento precoce, reduzindo a morbimortalidade do indivíduo e custos no sistema de saúde. As condutas a serem adotadas com os pacientes após a estratificação realizada com base no cálculo do IMC podem ser resumidas em duas abordagens a serem trabalhadas: adoção de hábitos de vida saudáveis, com base na alimentação adequada, e prática de atividade física; e tratamento clínico da obesidade, podendo incluir a adoção de medicamentos e, em casos específicos, a realização de cirurgia bariátrica.

Recomendações para a adoção de hábitos de vida saudáveis: 

  • Manter uma alimentação saudável, baseada nos dez passos para uma alimentação adequada, sistematizados pelo Guia Alimentar da População Brasileira (Ministério da Saúde, 2014);
  • Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
  • Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados – salsichas, linguiças, salames e presuntos, entre outros – e de alimentos preparados em frituras de imersão (batata frita, salgados);
  • Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e evitar caldos industrializados;
  • Reduzir a ingestão de açúcar, gordura saturada e sal;
  • Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes;
  • Aumentar a prática de atividades físicas.

Abordagem clínica da obesidade

O Manual preconiza como abordagem clínica do tratamento da obesidade a adoção de estilo de vida com hábitos saudáveis em conjunto com a adoção de medicamentos, quando necessário; e, nos casos de perda de peso insuficiente e de pouca melhoria no quadro das comorbidades, a realização do tratamento cirúrgico.

O objetivo do tratamento com medicamentos é a perda de 10% do peso corporal, o que determina melhora das complicações da obesidade, como diabetes e hipertensão arterial. Atualmente, quatro medicamentos são registrados para o tratamento da obesidade pela Agência de Vigilância Sanitária – Anvisa, e são utilizados de acordo com diretrizes clínicas específicas.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia bariátrica é indicada para pacientes obesos que não apresentaram resposta ao tratamento clínico com medicamentos e mudanças de estilo de vida. A realização da cirurgia determina perda de peso de 20% a 35% do peso inicial após dois ou três anos do procedimento, o que está associado a melhora de complicações da obesidade, como diabetes tipo 2 e câncer, além de aumentar o tempo e a qualidade de vida dos pacientes.

A recomendação de cirurgia bariátrica na saúde suplementar deve seguir a diretriz de utilização, conforme estabelecido no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, que prevê a cobertura obrigatória por planos de segmentação hospitalar (com ou sem obstetrícia) e por planos-referência. As diretrizes de utilização adotadas pela ANS indicam as características e as condições de saúde nas quais os ganhos e os resultados clínicos decorrentes da cirurgia são, de fato, relevantes para os pacientes, segundo a literatura científica e os conceitos de Avaliação de Tecnologias em Saúde.

O Manual detalha os critérios para a indicação da cirurgia e a recomendação de procedimentos pré e pós-operatórios, bem como as contraindicações. “Apresentamos os aspectos fundamentais na abordagem da equipe multidisciplinar de cirurgia bariátrica, como a importância do acompanhamento médico e nutricional pelo resto da vida e a implementação de mudanças de estilo de vida que incluam a prática de atividade física e dieta equilibrada. Os pacientes que serão submetidos ao procedimento devem receber informações realistas quanto às necessidades no pós-operatório, uma vez que a cirurgia não é a cura para a obesidade, mas um tratamento que ajuda no seu controle”, explica a diretora Karla Coelho.

Sobre o Grupo Multidisciplinar para Enfrentamento da Obesidade

Composto por pesquisadores, técnicos da ANS e representantes de entidades da área da saúde, o Grupo realizou diversas reuniões ao longo de 2017 no esforço conjunto de sistematizar diretrizes pautadas em estudos científicos, publicados no Brasil e no exterior, que apontem para a integração entre procedimentos de prevenção e cuidado da obesidade.

Março Lilás: Mês da Conscientização e Combate ao Câncer de Colo de Útero

Março LilásA campanha Março Lilás tem como intuito conscientizar a população sobre a prevenção e no enfretamento do câncer de colo do útero, que ocupa a quarta causa de morte de mulheres.

Entendendo seu diagnóstico Os cânceres ginecológicos podem acometer vulva, vagina, colo do útero, corpo do útero (endométrio) e ovários.

O diagnóstico é baseado na história, no exame clínico e na análise anatomopatológica. 5 Para avalição completa, é necessário a realização de exames específicos, como ginecológicos, de sangue laboratoriais, ultrassonografia abdominal e pélvica, tomografias, ressonância magnética, PET-CT, colposcopia (exame do colo do útero), histeroscopia diagnóstica e videolaparoscopia, entre outros. A necessidade de cada um desses procedimentos e exames depende totalmente do quadro clínico e do tipo de tumor.

Câncer de Colo de Útero

O câncer do colo do útero é uma doença que pode ser diagnosticada e tratada em seus estágios iniciais, além de ser evitada com uso de preservativo e, mais recentemente, com vacina. A incidência desse câncer vem caindo acentuadamente nos países ricos. Há uma decada, a Austrália começou a vacinar suas crianças e já faz planos para a erradicação da doença. A principal causa do câncer do colo do útero é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido principalmente pelo contato sexual. A incidência desse tipo de câncer é muito alta nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento e mais baixa nos países desenvolvidos, por causa do acesso regular a exames preventivos, como o Papanicolau, que detecta a doença précâncer. Nos países pobres e em desenvolvimento, porém, a procura e o acesso ao exame ainda são problemáticos, o que explica a alta incidência da doença.

O útero tem duas partes: o colo, a região mais baixa e estreita do útero, que liga à vagina, e o corpo, onde se desenvolvem os bebês. O câncer de colo do útero, também chamado câncer cervical, tem início no seu tecido de revestimento e se desenvolve lentamente, com algumas células normais que se tornam précancerosas e, mais tarde, cancerosas. Essas alterações recebem o nome de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e tendem a se desenvolver lentamente. Em algumas mulheres, elas desaparecem sem necessidade de tratamento, mas em outras o tratamento é necessário. Há dois tipos principais de câncer do colo do útero: os carcinomas de células escamosas, que representam entre 80% e 90% dos casos, e os adenocarcinomas, de 10% a 20% do total.

Fatores de risco e prevenção

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não significa que você vai ter câncer do colo do útero. Infecção por HPV: é o mais importante fator de risco. O HPV é uma família com cerca de 140 tipos de vírus, alguns causam verrugas genitais (condiloma) e outros câncer do colo do útero, os chamados HPVs de alto risco. Os HPVs são transmitidos sexualmente e o risco de infecção é maior em quem tem início precoce da vida sexual e mantém relações sexuais sem preservativo. Atualmente, não existe cura nem tratamento diretamente contra o HPV, mas, em geral, a infecção desaparece. O exame de papanicolau detecta alterações nas células provocadas pelo HPV e, embora não haja tratamento para a infecção, o crescimento celular anormal que o vírus ocasiona pode e deve ser tratado. Embora seja o mais importante fator de risco para o câncer do colo do útero, a maioria das mulheres infectadas não desenvolve a doença. O exame, que pode detectar as lesões pré-cancerosas causadas pelo HPV, consiste na análise microscópica de células do colo do útero obtidas por meio de uma leve raspagem. Depois dos 21 anos, todas as mulheres devem fazer o papanicolau anualmente. A partir dos 30 anos, podem fazê-lo a cada três anos, junto com o teste de DNA de HPV, se negativo. Mulheres expostas ao HIV ou com problemas no sistema imunológico devem fazer o exame anualmente. Mulheres com 65 anos ou mais que tiveram três ou mais testes normais em sequência (e nenhum resultado anormal em 10 anos) podem parar de fazer. Mulheres submetidas à histerectomia total (retirada do útero e colo do útero) por outro motivo que não o câncer ou a lesão pré-cancerosa também podem parar de fazer o exame. As submetidas à histerectomia parcial devem continuar com os exames de rotina. A vacina contra HPV deve ser aplicada em meninas e meninos antes do início da vida sexual e atualmente está disponível na rede pública e privada. A recomendação é vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos em duas doses (0 e 6 meses), respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre elas. Há ainda a recomendação para vacinação em pessoas portadoras de HIV/ Aids e indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos, entre 9 e 26 anos de idade, sendo que nessa população o esquema vacinal consiste na administração de três doses (0, 2 e 6 meses). Há duas vacinas no mercado: uma é eficaz contra as versões 16 e 18 do vírus, que respondem por até 70% dos casos de câncer de útero; outra eficaz contra os tipos 16 e 18 e contra as variedades 6 e 11, sendo os dois últimos responsáveis por 80% dos casos de condiloma (verrugas genitais). Infecção por HIV: o vírus da Aids diminui as defesas do organismo e reduz a capacidade dele de combater o vírus e o câncer em seus estágios iniciais. Fumo: mulheres fumantes têm duas vezes mais risco de ter câncer do colo do útero do que aquelas que não fumam.

Processo de diagnóstico

A colposcopia permite examinar o colo do útero por meio de um aparelho chamado colposcópio, que se assemelha a um par de binóculos. Ele produz uma imagem ampliada, entre 10 a 40 vezes, que possibilita que o médico identifique lesões imperceptíveis a olho nu. O diagnóstico definitivo é feito por meio de biópsia, que é a retirada de uma amostra de tecido, que vai ser analisada ao microscópio para ver se nela há células cancerosas.

Sinais e sintomas

Em seus estágios iniciais, o câncer do colo do útero geralmente não apresenta sintomas, esses só aparecem nos casos mais avançados. Contudo, eles não significam necessariamente que a mulher tem câncer. Os sintomas, como os citados abaixo, podem indicar vários outros problemas, mas revelam que é preciso consultar um médico

• Secreção, corrimento ou sangramento vaginal incomum.

• Sangramento leve, fora do período menstrual.

• Sangramento ou dor após a relação sexual ou exame ginecológico.

Exames diagnósticos

A história clínica do paciente, o exame físico e o resultado da colposcopia são utilizados para diagnósticos. Com o colposcópio é possível examinar o trato genital inferior incluindo a vulva, a vagina, o epitélio do colo do útero e a parte do canal endocervical. É indicado realizar quando o colo está anormal ao exame, quando há queixa de sangramento após as relações sexuais ou presença de alterações ao exame de citologia (papanicolau). O colposcópio é um aparelho com lentes de aumento, o que permite a colposcopista visualizar lesões não observadas a olho nu. Com a paciente em posição ginecológica, é colocado o espéculo vaginal, popularmente conhecido como bico de pato. Após a visualização do colo com o colposcópio uma primeira vez, o ácido acético é o primeiro líquido colocado sobre o colo do útero e na vagina para corar as células e permitir que o médico veja melhor onde as células anormais estão localizadas e o tamanho de todas as áreas anormais. Quando essa solução é utilizada, a paciente pode sentir uma sensação de queimação ou ardência leve. 8 O tamanho, tipo e localização de células anormais vão ajudar a determinar qual área ou áreas precisam ser biopsiadas. Essa informação vai ainda determinar quão grave é a anormalidade e também ajudar a determinar qual o tratamento. Quando monitorada e tratada precocemente, as áreas pré-cancerosas geralmente não evoluem para o câncer cervical. Anestesia não é normalmente usada antes da biópsia do colo uterino ou das paredes vaginais porque a biópsia provoca apenas um leve desconforto ou cólica para a maioria das mulheres. Mas o limiar de dor de cada pessoa pode variar. Converse com seu médico sobre isso. Após essa visualização com ácido acético, em geral, é aplicado o lugol, substância à base de iodo, com a função de corar o colo do útero e as paredes vaginais para fornecer ainda mais informações. Pessoas com alergia a iodo devem informar ao médico para que essa parte do exame não seja realizada.

Cuide-se! O câncer pode ser prevenido!

 

Novembro Azul 2021

NOVEMBRO AZUL 2021

NOVEMBRO AZUL

Em todo o mundo o novembro se tornou um mês simbólico de atenção à saúde
geral do homem e aos tumores urológicos.
Desde a criação do movimento Novembro Azul, em 2003 na Austrália, inúmeras
iniciativas e ações ocorrem para chamar a atenção para a prevenção do câncer de
próstata, o segundo mais comum entre os homens, no mundo, mas também tem
como premissa o cuidado com os tumores de bexiga por exemplo, que é o oitavo
mais comum entre os homens, com estimativa de 7.590 novos casos neste ano.
Embora figurativamente o mês de novembro seja tratado como um mês especial
para o cuidado do homem, o próprio Ministério da Saúde recomenda que as ações
realizadas, também pelos gestores municipais e estaduais, sejam estruturadas de
forma a serem permanentes (Portaria GM/MS N° 1944 de agosto de 2009).
Câncer de próstata
Segundo em incidência no Brasil (sem considerar os melanomas), esse tipo de
câncer tem estimativa de 66 mil novos casos de 2020 a 2022 (INCA).
É um tumor que se desenvolve quando as células da próstata se multiplicam e
crescem descontroladamente.

50 anos
É a idade para começar os exames de próstata. Quem tiver na família casos de
jovens com esse tipo de tumor, deve começar mais cedo, aos 45 anos.
Afrodescendentes também devem fazer o exame a partir dos 45 anos, porque têm
mais tendência a desenvolver o câncer de próstata.
90%
São as chances de sucesso no tratamento quando o câncer é diagnosticado
precocemente.

Sinais e sintomas
Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas.
Mas, se você perceber algum desses sinais abaixo, consulte um urologista para o
diagnóstico correto:
•Urinar pouco de cada vez
•Ir ao banheiro com frequência, levantando até no meio da noite para urinar
•Dificuldade para urinar
•Dor ou sensação de ardor ao urinar

•Presença de sangue na urina ou sêmen
•Ejaculação dolorosa
Sintomas como esses são associados ao crescimento benigno da próstata, mas
podem estar relacionados ao câncer e servem como sinais de alerta. É importante
destacar que a presença de um ou mais desses sinais não significa que você esteja
com câncer de próstata, pois outras doenças apresentam sintomas semelhantes.
Por isso, é fundamental consultar o médico para o correto diagnóstico e indicação
do tratamento.

Os exames que você deve fazer
Em seus estágios iniciais, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas.
Mas se você perceber algum desses sinais abaixo, consulte um urologista para o
diagnóstico correto:
Exame de PSA: PSA (sigla em inglês do antígeno prostático específico) é uma
substância normalmente produzida pela próstata, e que está presente no sêmen e
no sangue. Na maioria dos homens, os níveis de PSA estão abaixo de 4 (4ng/dl) e o
câncer pode aumentar essa taxa. Se o exame mostrar a taxa entre 4 e 10, há uma
chance em quatro de ser câncer na próstata. Quanto maiores os valores, maiores
os riscos de câncer.
Exame de toque retal: serve para identificar áreas irregulares ou endurecidas na
próstata. É menos preciso que o exame de sangue PSA, mas é capaz de detectar
tumores mesmo que o teste de sangue esteja normal.
Embora muitos percebam a importância da prevenção e da realização dos exames,
muitos homens ainda apresentam comportamento não preventivo.
Estudos mostram que aspectos socioculturais como o medo da dor, a vergonha,
preconceito e a falta de coragem para realizar o exame constituem barreiras a
esses indivíduos.
Torna-se necessário promover debates sobre o assunto e a educação em saúde
masculina, utilizando estratégias que aumentem o acesso aos serviços de saúde e
estimulem o autocuidado.
Fatores de risco
 O risco aumenta com a idade. No Brasil a cada dez homens diagnosticados
com câncer de próstata nove tem mais de 55 anos.

 História de câncer de próstata na família. Homens cujo pai ou irmão tiveram
câncer de próstata antes dos 60 anos.
 Sobrepeso ou obesidade

Tratamentos
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada, de acordo com o
estadiamento da doença, e definida após médico e paciente discutirem os riscos e
benefícios de cada um.
Prevenção
Além do envelhecimento natural e do histórico familiar, a má alimentação e hábitos
de vida não saudáveis, como o sedentarismo, o consumo de tabaco e álcool,
influenciam no desenvolvimento do tumor.
A prevenção passa pela adoção de uma dieta equilibrada e rica em alimentos que
são fontes de licopeno, como tomate e frutas vermelhas, e que contêm licopeno,
substância antioxidante que ajuda a inibir alterações no DNA das células que
provocam o surgimento do câncer. O tomate, então, é campeão: cozido, melhor
ainda.
Pratica de atividades físicas é fundamental, pois podem auxiliar na prevenção da
doença.
Higiene é saúde. E use camisinha para prevenir doenças, como a infecção pelo HPV
(papiloma vírus humano), um grande fator de risco do câncer.

Fontes:
ACCamargo
https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/noticias/novembro-azul-atente-se-
ao-diagnostico-precoce

Outubro Rosa 2021

Setembro Amarelo 2021

Amamentação, a base da vida!

Focon Abril | Abril Verde

ABRIL VERDE

TRABALHO SEGURO E DECENTE EM TEMPOS DE CRISE E COVID19

 

Estamos vivendo em tempos de crise em meio a pandemia do Coronavírus, muitos estão adoecendo, o pavor está assolando a vida das pessoas em todo mundo, pessoas  já passaram e passam por situações de traumas, falências e perdas e como consequência, isso também acarretou mudanças profundas no mundo do trabalho, inicialmente, com uma crescente quantidade de demissões causadas pela severa crise econômica e retração do mercado de trabalho decorrentes da drástica redução da circulação de pessoas e, consequentemente, diminuição do consumo.

Da mesma forma o modus operandi das atividades laborativas foi substancialmente substituído, com o imperativo confinamento das pessoas em seus lares, incrementando-se o home office como uma alternativa a ser praticada como solução para este problema.

Esta mudança demandou a normatização de novas situações vivenciadas nas relações de trabalho, pois a conceito de trabalho decente está intrinsecamente ligada à dignidade da pessoa humana, em adição a condições de trabalho de respeito à saúde e à segurança dos trabalhadores com o devido avanço da agenda de construção de um cenário de trabalho seguro em meio à crise decorrente da pandemia da covid-19.

O home office precisou virar a realidade de milhares de trabalhadores no Brasil e no mundo por causa da pandemia do coronavírus. Nem todas as profissões podem simplesmente migrar para o formato a distância, mas, para serviços de escritório, feitos em computador, essa foi a alternativa encontrada por diversas empresas e órgãos públicos para manter a produtividade e, ao mesmo tempo, preservar a saúde dos funcionários.

Todavia, é preciso ter cuidados, pois o excesso de trabalho prestado em ambiente domiciliar, a dificuldade de desconexão e o isolamento nos afazeres podem comprometer a necessidade de efetivo descanso e a saúde mental do trabalhador.

Para que haja um meio ambiente de trabalho seguro, adequado e livre de riscos, é necessário que seja implementada aos trabalhadores, redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, além de orientação e informação para os trabalhadores sobre os riscos a que estes estão expostos na execução do seu trabalho e adotar as medidas coletivas e individuais adequadas para cada situação

Estas ações também marcam o Abril Verde, campanha que tradicionalmente promove a conscientização sobre a importância da segurança e da saúde do trabalhador brasileiro. O objetivo da mobilização é chamar a atenção para a importância de prevenir os acidentes de trabalho e principalmente diante da pandemia do Coronavírus enfrentada em todo o mundo, agradecer aos profissionais que seguem trabalhando presencialmente para evitar que acidentes de trabalho, contaminações em massa e outras tragédias aconteçam.

 

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Para ter acesso a íntegra da matéria acesse:

Fonte:

https://www.editorajc.com.br/a-construcao-do-trabalho-seguro-e-decente-em-tempos-de-crise-e-covid-19/